Equipa de Investigação CICS.NOVA responsável pelo V Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2022:
Casimiro Balsa (Coordenador) Clara Vital
Cláudia Urbano
O V Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2022 (INPG 2022) foi realizado pelo CICS.NOVA – Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH) para o SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, na sequência dos estudos que foram realizados em 2001, 2007, 2012 e 2017. Os resultados obtidos permitem consolidar o conhecimento sobre a evolução do consumo e os perfis dos consumidores de substâncias psicoativas – lícitas e ilícitas – tendo sido igualmente estudadas as representações sociais em torno de comportamentos de risco, as práticas de jogos de fortuna e azar e utilização da Internet.
(…)
O consumo ao longo da vida de medicamentos (sedativos, tranquilizantes ou hipnóticos) apresenta uma prevalência de 14,2 %, situando-se nos 7,4 % no decorrer dos últimos 12 meses e em 6,5 % quando se consideram os últimos 30 dias.
O consumo de estimulantes apresenta, para o longo da vida, uma prevalência de 1,1 %, descendo para os 0,2 % nos últimos 12 meses e para os 0,1 % nos últimos 30 dias.
A prevalência de consumo de analgésicos opióides é de 7,5 % ao longo da vida, 4,1 % nos últimos 12 meses e 2 % nos últimos 30 dias.
O consumo de qualquer substância psicoativa ilícita é de 11,2 % ao longo da vida, de 2,6 % nos últimos 12 meses, e de 2,1 % nos últimos 30 dias. Para esta prevalência a substância que mais contribui é a canábis, que apresenta para os consumos ao longo V Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2022
da vida uma prevalência de 10,5 %, para os últimos 12 meses 2,4 % e para os últimos 30 dias 2 %. As restantes substâncias apresentam prevalências ao longo da vida entre os 0,9 % (cocaína) e os 0,2 % (novas substâncias psicoativas).
As prevalências de consumo entre a população geral são superiores entre os inquiridos do sexo masculino independentemente da substância psicoativa considerada, exceção para os medicamentos.
O consumo de substâncias psicoativas ilícitas em Portugal nos últimos 12 meses situa-se abaixo do valor médio das prevalências observadas num conjunto de cerca de 30 países europeus para os quais dispomos de informações comparáveis.
Aceda ao relatório completo em: https://www.icad.pt/DocumentList/GetFile?id=569&languageId=1